segunda-feira, 3 de agosto de 2009

under hacker

"Não há poder sem informação" - É com essa frase que o underground se mantém: a eterna busca de mais dados, mais informações, mais sabedoria. O entendimento completo de uma tecnologia é fundamental. O conhecimento completo de todas é o Nirvana!

O mundo virtual em que habitam os hackers é extremamente complexo. Existem os mais graduados, que são respeitados única e exclusivamente pelo grau de conhecimento que possuem; existem os intermediários, que estão sempre contribuindo com descobertas de pequenas falhas; e não existe hacker "ouvinte". Um hacker precisa de informação exclusiva e secreta, com a qual poderá trocar ou barganhar com outros hackers. Os hackers mais avançados se empenham em desenvolver ataques muito sofisticados, pesquisas de grande porte, e por isso passam um bom tempo recebendo informação de "hackers operários" e montando gigantescos quebra-cabeças, sem que para isso precisem compartilhar uma informação que não tenha sido exaustivamente testada, não pondo em risco seu projeto.

Estes grandes ataques, quando ocorrem, movimentam toda a comunidade hacker, e principalmente os responsáveis pela segurança em sistemas iguais ao que sofreu o ataque. A circulação da informação de como o ataque foi feito pode levar dias (contando com o levantamento procedimental por parte da vítima) e até que todos os sistemas semelhantes corrijam as falhas que permitiram o ataque, muitos outros sistemas ficam vulneráveis durante horas, pois a informação técnica do ataque no underground hacker é repassada de uma maneira muito mais veloz, já que o procedimento não precisa ser descoberto, apenas refeito.

Podemos perceber, então, que uma informação realmente séria sobre falha de segurança é geralmente válida por muito pouco tempo. Empresas sérias com sistemas importantes corrigem suas falhas de forma quase tão rápida quanto o ataque (quase! este é o problema). E dificilmente um sistema em que a segurança é completamente vital utiliza processos comum. Geralmente são processos personalizados, de tecnologia própria, o que comunitariamente é muito bom, pois um ataque efetuado naquele sistema não funcionará em nenhum outro, mas por outro lado, apenas os responsáveis por este sistema é que estarão encarregados de detectar e corrigir o problema, coisa que é conseguida de forma absurdamente mais rápida quando muitas pessoas temem sofrer o mesmo ataque.

A tendência, hoje, é a de se formarem grupos, onde há somente uma troca de informação interna, entre os componentes, e está cada vez mais raro a troca de informações entre os grupos. Talvez estejamos presenciando uma corrida para o aperfeiçoamento das técnicas. Um grupo parece estar sempre preocupado em superar o outro. Fica a proposta, inclusive, de inaugurarmos uma "Tecnogincana"! O que você acha?

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